Na primeira semana do mês estive a passar férias no Algarve, pelo que não toquei no cliente da PokerStars. Quando voltei estive a jogar o máximo de horas que aguentei por dia, porque estava a sentir que estava atrasado em relação aos VPPs. Estou com sensivelmente 48K Vpps a meio do mês, o que não é mau.
A nível dos sit-n-gos, não começou muito bem como podem ver pelo gráfico em baixo:
Estive a perder $12k e já recuperei $6k. Acho que comecei a perder mais, porque estava a jogar mal, mas consegui corrigir algumas falhas no meu jogo e acredito que até ao final do mês o gráfico fique com melhor aspecto.
Já joguei 4 step6s, ganhei 2, fiquei em 4º noutro e não ganhei nada noutro. Se contabilizar que já gastei $8.7k em rake e o valor que vou buscar aos cash bónus e milestones, devo estar sensivelmente break-even no mês, o que não é mau depois de olhar para o gráfico de cima.
Ainda esta semana tenciono mudar-me para o “meu” (é alugado) novo apartamento em Lisboa, já tratei das utilidades (água, luz, net, etc) e metade da mobília. Para minha grande tristeza, esqueci-me que da última vez que tinha ido comprar mobília ao IKEA tinha dito que não voltava lá!
Eu devia ter feito um vídeo lá, para mostrar aos leitores que nunca lá compraram nada como é que aquilo funciona. Como me esqueci de levar a máquina de filmar e o Ricardo Araújo Pereira (Gato Fedorento) se deu ao trabalho de explicar, vou colocar aqui a explicação dele:
“IKEA – Enlouqueça você mesmo
Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros
Os problemas dos clientes do IKEA começam no nome da loja. Diz-se «Iqueia» ou «I quê à»? E é «o» IKEA ou «a» IKEA»? São ambiguidades que me deixam indisposto. Não saber a pronúncia correcta do nome da loja em que me encontro inquieta-me. E desconhecer o género a que pertence gera em mim uma insegurança que me inferioriza perante os funcionários. Receio que eles percebam, pelo meu comportamento, que julgo estar no «I quê à», quando, para eles, é evidente que estou na «Iqueia».
As dificuldades, porém, não são apenas semânticas mas também conceptuais. Toda a gente está convencida de que o IKEA vende móveis baratos, o que não
é exactamente verdadeiro. O IKEA vende pilhas de tábuas e molhos de parafusos que, se tudo correr bem e Deus ajudar, depois de algum esforço hão-de transformar-se em móveis baratos. É uma espécie de Lego para adultos. Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros. Há dias, comprei no IKEA um móvel chamado Besta. Achei que combinava bem com a minha personalidade. Todo o material de que eu precisava e que tinha de levar até à caixa de pagamento pesava seiscentos quilos. Percebi melhor o nome do móvel. É preciso vir ao IKEA com uma besta de carga para carregar a tralha toda até à registadora. Este é um dos meus conselhos aos clientes do IKEA: não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias.
É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada.
Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece–me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem. Idiossincrasias do comércio moderno.
Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este: para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro. E os suecos que montem tudo, se quiserem receber.”
A conclusão dele é genial e acho que tem razão em tudo o que diz, a única coisa que realmente recomendo no IKEA, são as almôndegas no restaurante deles. Acho que se tiverem que lá ir por alguma razão… devem tentar minorar a situação e experimentar as almôndegas. Não pensem que vão salvar o dia com as almôndegas, mas ao menos vão ter algo de positivo para contar quando partilharem a experiência no vosso blog ou aos amigos 🙂
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