Dois casos de amor ao jogo

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Nos últimos tempos à medida que o Poker se tornou cada vez mais “mainstream” e cada vez se fala mais em termos de algo competitivo e menos em termos de algo relacionado com os jogos tradicionais de casino, tem havido um fenómeno interessante. É que cada vez mais pessoas dizem que têm amor ao jogo/desporto/modalidade.

Decidi escrever um pequeno post com a minha opinião sobre o assunto.

É errado amar/gostar o Poker? Penso que não, mas é preciso não misturar alhos com bugalhos!

Vou falar de dois tipos de jogadores com motivações diferentes.

O 1º é o jogador recreativo. Este é o jogador que é o pilar da economia de Poker, mas que no entanto, é muitas vezes mal tratado, ou tratado como inferior pelos jogadores amadores que com o pouco que sabem sobre a modalidade se sentem superiores e por alguns profissionais que tenham quocientes de inteligência mais baixos. Estamos aqui a falar da pessoa que costuma jogar no euro-milhões todas as semanas, de modo a manter o sonho do “se ganhar o euro-milhões faço isto, isto e aquilo”. A grande diferença do euro-milhões para o Poker para estes jogadores é que no Poker vão buscar uma relação investimento/entretenimento muito melhor e existe a possibilidade de melhorarem ao longo dos tempos, ao passo que no euro-milhões vão ter sempre as mesmas odds com valor esperado negativo.

Agora que já está apresentado o 1º grupo de jogadores, para este grupo de jogadores eu entendo perfeitamente a situação do “amor ao jogo”, são efectivamente as mesmas pessoas que vão muitas vezes ao fim-de-semana ver o seu clube a jogar com a camisola do respectivo clube vestida e que efectivamente “Têm amor à camisola.”. Aqui desde que se seja sério em relação ao valor que se deposita regularmente, o poker é óptimo e efectivamente é digamos… um amor correspondido, pois o jogador dá o seu amor ao jogo e tem umas horas de entretenimento a um preço aceitável!

O 2º tipo de jogador, é o jogador amador, que tem em vista ganhar “uns trocos” a jogar poker ou até mesmo um dia poder ganhar o suficiente para ser profissional de poker.
Aqui a situação é muito diferente! Aqui o amor ao Poker, vai ser um pouco como estar apaixonado por uma adolescente que não sabe bem o que quer e não vai ser saudável para os vossos corações. Tanto pode correr bem e ganharem o prémio cobiçado, como pode correr mal e “levarem uma tampa” deixando o vosso coração destroçado e as expectativas não correspondidas.

No caso do jogador amador, a realidade é que se quiserem realmente ganhar dinheiro a jogar Poker, é melhor apostarem só uma parte do vosso dinheiro e não o vosso coração, porque é mais fácil recuperar o dinheiro quando se perde, do que recuperar de problemas emocionais.

Deixem um comentário com a vossa opinião, opiniões contrárias são certamente  bem vindas, desde que bem fundamentadas!

Boas cartas e a cima de tudo,  bons amores 😉

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