$100K Dia 26

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Ontem tinha algum material para estudar que o Andrew Brokos me deu para preparar a próxima sessão de coaching.

Para ver o vídeo é possível que tenham que criar conta no site, mas o resto do material é gratuito e de livre acesso.

Depois de ler este conteúdo, percebi que tinha que acrescentar algumas estatísticas ao meu HUD e mudar algumas de sítio. Fiquei muito fã de ter o “%Steal” logo a seguir ao “PFR”!

Nos próximos dias vou mudar o meu HUD e quando eu tiver algo mais definitivo, eu digo-vos como ficou.

Também queria começar a estudar um pouco mais a fundo o jogo das 20 Big Blinds ou menos.

É algo que eu ainda não tinha pegado muito desde o inicio do desafio e que com o que me lembrava do push/fold dos hyper-turbos mais um pouco de soluções de equilibrium fui desenrascando, mas já estava na altura de começar a estudar isto mais a fundo!

Como queria modelar várias situações diferentes, precisava de encontrar uma forma de as indexar para facilitar o estudo.

Comecei por comparar situações com o mesmo M, mas com antes e sem antes.

Efectivamente se o outro jogador for all-in os ranges de call em função do M são muito semelhantes com antes ou sem antes. Isto acontece porque a percentagem da stack que está no meio como “dead money” é igual em ambos os casos.

Onde o M se torna menos útil, é em situações de 3-bets, porque a % da stack que o raise representa pode ser bastante diferente mesmo com Ms iguais. Basta pensarmos que numa situação sem antes e com o mesmo M vamos estar com mais Big Blinds do que a mesma situação com o mesmo M com antes, mas o valor dos raises vai ser semelhante.

Depois de pensar um pouco no problema, cheguei à conclusão que a melhor forma de estudar isto, será em função das odds.

Vou começar pelas situações onde o outro jogador vai all-in. Aí se por exemplo houver 20% da stack efectiva já no pot, as odds que vamos ter vão ser algo do género 1.2-1. Se houver 30% vão ser 1.3-1, etc.

Aí para saber quando dar call ao all-in é uma questão de calcular uma função das odds com o range com que estimo o outro jogador ir all-in.

Depois é uma questão de reduzirmos o nosso range de call em função da exposição a calls dos jogadores que faltam falar. Já que cada um desses jogador representa a possibilidade de um call/all-in depois de nós com uma mão mais forte.

Acho que isto com algum tempo de estudo e memorização dá para ficar sólido.

Depois começa a parte mais interessante!

Eu acho que dos calls a all-ins dá para passar ao estudo dos 3-bet all-ins vs raise. Eu ontem estive só a ver por alto, mas o que se verifica é que com stacks pequenas o range com que podemos fazer 3-bet all-in contra um jogador que fez raise só aumenta à medida que temos mais fold equity, isto é, quanto mais ele faz fold contra o nosso all-in, mais mãos podemos ir all-in.

O contrário passa-se com stacks grandes e é fácil pensarmos que com 100 Big Blinds, se um jogador faz mini-raise com qualquer mão, não podemos ir all-in para cima dele com o range que seria rentável ali pagar um all-in contra qualquer mão. Seria suicida!!!

Há portanto ali um ponto em que menos deep o aumentar da fold equity comparativamente ao call a all-in directo permite-nos ir all-ins com mais mãos e mais deep com menos.

Isto é uma das coisas que quero estudar a seguir…

Nestas primeiras semanas consegui encontrar os  cantos do puzzle e juntar a parte de fora, mas agora é que vou começar a preencher o puzzle por dentro!