No último ano tive a oportunidade de ter imensas experiências novas e de pensar sobre o meu passado, presente e futuro. 
Acho que é fundamental cultivar um sentimento de orgulho relativamente ao nosso passado para o nosso próprio bem estar.
O presente acho que deve ser vivido… no presente.
Relativamente ao futuro eu tenho a felicidade de ter várias opções! Posso arranjar um emprego como programador, como cozinheiro, posso ganhar a vida a jogar um jogo como o Poker ou o Magic: The Gathering, ou quem sabe fazer algo novo.
Muitas opções curiosamente ao contrário do que muitas pessoas pensam, costumam trazer infelicidade, pelo que é importante fazer as perguntas corretas:

  • O que é importante para mim?
  • O que quero alcançar?
  • Que experiências quero ter?
  • Quem quero ser?
  • Com quem quero estar?
  • O que é melhor para mim e para a minha família?
A minha situação de vida é um pouco diferente da que eu tinha quando escrevi o último post…
Agora sou pai de uma menina com 4 meses!
A nível de escolhas profissionais para o futuro, este “pequeno detalhe” tem algumas implicações!
A liberdade sempre foi um factor importante para mim, mas agora é fundamental para mim ter tempo livre para viver ao máximo e acompanhar o crescimento dela. Ela tem crescido tão rapidamente e quero ter o privilégio de estar presente!
Depois há questões que são fundamentais para mim, como maximizar a saúde, ter tempo estar com quem gosto, para os meus projectos e objectivos pessoais e se possível crescer financeiramente.
Eu fiz durante vários meses o exercício de fazer estas perguntas, comparar com as minhas experiências no passado e expectativas no futuro e a resposta foi quase sempre a mesma…
Poker
O problema é que eu estava ainda a associar Poker a muito trabalho, muita força de vontade e muito mau estar durante downswings.
Esta foi a razão para não agir imediatamente e voltar a repetir o exercício vezes mais algumas vezes.
Decidi então mudar a minha forma de pensar no problema, penso que influenciado pelos livros do Tony Robbins. Como já tinha decidido que o Poker era melhor para mim, a pergunta passou a ser: “Como é que eu faço para querer e gostar de jogar Poker?”.
A minha última fase no Poker em que era só a produzir conteúdo de entretenimento foi bastante aborrecida. A fase anterior em que tentava automatizar as decisões e jogava 20-40 mesas ao mesmo tempo foi bastante desgastante (embora muito rentável!). 
Mas, houve uma fase antes dessa em que jogava no meu portátil poucas mesas, às vezes deitado na cama ou no sofá e havia sempre a vontade de jogar mais, aprender e experimentar novas jogadas!
(Acho que o Ike Haxton costuma jogar no seu portátil no sofá muitas vezes, portanto é capaz de ser algo viável :P)
E se voltasse a jogar poucas mesas, sessões relativamente curtas na maior parte das vezes e me focasse em aprender e evoluir?
Será que eu ia gostar? Acho que sim
Será que podia ser rentável e desse para ter um retorno estável? Acho que sim.
Eu tenho gasto nos últimos anos algum tempo a jogar jogos de computador como hearthstone, então decidi tentar substituir esses jogos com Poker e começar a jogar um pouco sem grande obrigação, objectivos ou compromisso para ver como me sentia.
Nos últimos 10 dias joguei cerca de 45 horas, normalmente até 6 mesas e sempre a respeitar gestão de banca, mas sem grandes horários ou stress. Acabei um pouco positivo, sinto que estou a evoluir e tenho tido prazer a jogar!
Em principio vou voltar a jogar durante mais uns anos e vou revendo a situação para ver se ainda tem sentido.